Eu vou levar comigo. 
Vou dormir e ninar em meu peito teu sorriso e tua frase mais bonita, a que se diz quando a sinceridade está alta. Você nadou em mim e eu fiquei com teu gosto.
Eu vou dormir com a tua pele salgada misturada com meus textos mais simples. 


A chuva cai e eu já repeti isso antes de desligar a tv e dar boa noite mentalmente para você mesmo sem você saber que eu sou a menina que escreve de madrugada com uma taça de vinho.

Meus lábios se misturam também com o jeito de falar que eu lembro de você. A gente ia junto pelas escadas e se amava nos olhos na cara e nos dedos cruzados. Era arriscado. Que se foda o medo! A gente dormiu abraçado e no meio da madrugada eu olhei para você e teus olhinhos de sono me diziam ‘Como vai você?'
E isso eu vou levar comigo.
A chuva aumenta. Não é mais chuva, é tempestade. 
Agora não é mais medo, é coragem.

Veja bem, agora eu abri o peito e mostrei o coração, sangue e pólvora. Estou marcada com as verdades e a vida se mostrou. Sorria no meu rosto, coloque o disco para tocar, abrace minhas costas com os teus cabelos para trás. Como eu gosto, eu gosto de ir no seu abraço. E levo comigo o que for bom.
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