Desaprendi a falar de amor porque só sei. O mundo desfez o nó e deixou a vida tão descomplicada que cada desejo se subverte pelos nossos poros. Para quê falar de amor se seu cheiro sobrevive à sua epiderme e sai bombardeado do meu coração? Tantas coisas desnecessárias como a falta de carteiras, relógios, perfumes e roupas e ter que falar de amor? Quero ser apenas. Quero ser menos. Quero ser pouco. Porque quando não precisei falar de amor descobri que nosso encontro foi tudo. Foi amor. Sem dizer. Sem imagens. Sem mais.
Gabriele Fidalgo
Gabriele Fidalgo é Redatora e Roteirista. É a explosão de um rock e a embriaguez de um whiskey. Transborda pelas arestas, dores e delícias de amor. É cor de rosa choque. Escreve também no Escrevendo com Batom.
Laís Mouriê
Broto brejeiro das montanhas Mineiras, exalo cheiro de café e de dama-da noite. Poucos têm mais do que cinco sentidos para me respirar. O sangue é tanto, que sou da cor das rosas, vermelhas. Tenho hiatos mal compreendidos, algumas idéias no ventre e várias faces de pura contradição. Não quero ser reconhecida, quero que penetrem em mim e percebam o quão intensa e indefinível é minha essência de mulher.
Erica de Paula
Escreve desde os nove anos, criou o blog “Lado Mãe”, publicou O Lugar da Espera (Editora Penalux, 2013) e Loouyse (Editora Penalux, 2015), escreve em diários, papéis soltos, guardanapos. É mãe do Lennon. Apaixonada por Paris, outonos, brechós e trilhas sonoras.
O amor é bem isso: não precisa dizer, precisa ser. Texto lindo!
ResponderExcluirSeja amor! Viva o amor!
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